O PS anda em
guerras intestinas.
Se é bom pastel de Águeda para Passos e Portas, cujas luvas
sobre o negócio dos submarinos emergiram de novo das águas turvas, é mau para o
país perante o exterior e mesmo para a governação.
Alegando-se sempre a melhor
alternativa, não nos parece que estas divisões sejam bom indício. António
Costa, enquanto presidente de uma Câmara, com centenas de advogados avençados e
com tantos gabinetes que os residentes não se conhecem uns aos outros, nem uns
sabem o que fazem os outros, espécie de reino anárquico, se tem hoje mais gente
a apoiá-lo, é por ser presidente da Câmara que é.
Quanto a Guterres, não vem
mal ao país. Deixou o país de tanga, mas não é mau diabo. Homem honesto é. Até
28 de Setembro, data para as primárias, vai ser guerra aos fascículos, com
Seguro em baixa. Tontarias também não têm faltado à oposição. Porque o Tribunal
Constitucional (TC) chumbou medidas do governo berra por eleições antecipadas.
Esquece-se que a Constituição não é nenhum dogma e cada juiz faz a sua leitura.
TC que foi considerado por Cavaco, enquanto PM, como “força de bloqueio” e por
D. Barroso “pior do que o Conselho de Revolução”, de que é uma emanação. Mas
também alguns tontos do PSD alinham com estas vozes. Cavaco é que diz não ceder
a pressões. Por sua vez, Passos, distraído, tenta culpar o TC pelos “malefícios”, mas esquece-se que dos 13
juizes, 10 são eleitos pela AR.
O melhor que tem a fazer, é, antes de lançar
medidas, questionar o TC que não esquecerá esta guerra desnecessária. Já baixou
a temperatura, entrou em seu juízo, mas… O que deve preocupá-lo é Costa. Se
ganhar, há nova vida no PS e a maneira de fazer oposição não será seguramente a
de Seguro.
Armor Pires Mota