segunda-feira, 16 de abril de 2012

OBRAS DA NOVA ALAMEDA ARDEM EM FEBRE (DO PODER)

O assunto foi oportunamente apresentado na reunião do executivo municipal realizada em 29 de Março último, local onde foi referida a manifestação de desagrado de algumas pessoas pela forma como estão a ser abordadas de forma alegadamente hostil para negociar as cedências de parcelas de terreno necessárias para a construção da Nova Alameda de Oliveira do Bairro.
E quando se exigia e impunha uma resposta esclarecedora, eis que esta se limitou à mera confirmação do óbvio ou seja, que o projecto da Nova Alameda da cidade será concluído, uma resposta que, percebe-se agora, não passou de uma (vã) tentativa de querer dar a ideia de que ‘tudo vai bem no reino da dinamarca’.

Entretanto, perante este ‘encolher-de-ombros-a-dar-a-entender-que-está-tudo-bem’, alguns dos insatisfeitos avançaram com um pedido de audiência ao presidente da câmara, com o intuito de o colocar a par da permanente e agressiva provocação manifestada por quem, em representação do executivo municipal, tem abordado alguns (e os outros?) dos proprietários para negociar as necessárias cedências de terrenos para a execução da obra.

Esta solicitação, sob a forma de requerimento conjunto entregue ao início da tarde da passada sexta-feira no gabinete de apoio à presidência, teve já resposta por parte do presidente da câmara, que agendou para amanhã, terça-feira, a realização de uma reunião com os interessados.

Como aqui ficou dito, já não restam dúvidas que estas dificuldades na aquisição das parcelas de terreno necessárias para a obra, ficam a dever-se à inexistência dessa fase procedimental essencial, que era a apreciação pública de um projecto cujos contornos, ainda hoje, uma grande parte da população ignora.

Efectivamente, a dimensão da obra, quer pelo seu custo, quer pelo prazo de execução, nunca deveria ter avançado sem a audição pública, quer dos cidadãos interessados quer das entidades defensoras dos interesses afectados pela realização da obra.

Este protesto da população, que é confirmativo do facto de as obras da Nova Alameda de Oliveira do Bairro não seguirem, efectivamente, de vento em popa, constitui-se como uma colectiva ofensiva à arrogância própria de quem tem tiques de autoritarismo resultantes do convencimento de que o poder público conferido pelo voto popular permite comportamentos que nem sequer são admissíveis àqueles que, toldados pela ‘febre do poder’, nem em si mesmos são capazes de saber mandar.

E quando assim é …