Vai começar a vida universitária? Investigadores associam horários da tarde a mais faltas e a piores notas.
Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer. O ditado ouve-se desde pequeno e não deverá ser esquecido quando se inicia a vida universitária. Esta é, pelo menos, a convicção da investigadora Pamela Thacher, da Universidade St. Lawrence, em Nova Iorque.
um estudo apresentado ontem num encontro científico sobre sono em Minneapolis, os investigadores revelam que os horários da tarde estão associados a mais aulas perdidas, notas mais baixas e mais bebedeiras. Embora a diferença seja pequena, os investigadores sugerem que o simples facto de ter aulas mais tarde altera as escolhas dos estudantes, com impacto nas notas.
O estudo teve por base os hábitos de sono de 193 estudantes universitários. Depois de recolher dados sobre uso de estupefacientes, humor e desempenho académico, a equipa de Thacher conseguiu associar o horário dos universitários a um maior consumo de álcool (+6%) e a uma diminuição no período de sono, que em média ronda as 7,9 horas.
Os investigadores concluíram que a hora de entrada nas aulas parece ter um efeito indirecto mas significativo no desempenho dos estudantes, quer estejam no primeiro ano do curso quer sejam já finalistas. As notas são em média 1% mais baixas e faltam a mais 1% de aulas que os colegas com horário matinal. Apesar de entrar mais tarde ser sinónimo de dormir mais (+7%) - e uma boa noite de sono, entre sete e nove horas, está a associada a ganhos intelectuais - os investigadores sugerem que ficar acordado até mais tarde e beber anulam os efeitos positivos.
Marta F. Reis, aqui
