sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

CRIME EM MAMARROSA: HOMICIDA CONDENADO A 20 ANOS DE PRISÃO

António Ferreira da Silva, o engenheiro que matou o ex-companheiro da filha , o advogado Cláudio Rio Mendes, enquanto tinha a neta ao colo foi condenado a 20 anos de prisão

O homem vai ter ainda que pagar uma indemnização de 50 mil euros à família da vítima e vai ficar em prisão preventiva até a sentença transitar em julgado.

As imagens do homicídio, retiradas de um vídeo amador na altura do crime, comprovaram que a menina, de quatro anos, assistiu ao momento em que o pai foi assassinado com cinco tiros, a 6 de Fevereiro, no parque da Mamarrosa, em Oliveira do Bairro.


Após a  leitura do acórdão, que durou mais de quatro horas, o advogado Celso Cruzeiro, que defende o arguido, anunciou que vai recorrer desta decisão.

Já o advogado da família da vítima, José Ricardo Gonçalves, considerou que se «fez justiça».

António Ferreira da Silva estava acusado de um crime de homicídio qualificado, com uma moldura penal de 12 até 25 anos de prisão.

Nas alegações finais, o procurador do Ministério Público (MP) e o advogado da família da vítima pediram a condenação do arguido, com uma pena de prisão superior a 20 anos.

Já o advogado de defesa requereu a condenação do seu cliente por homicídio privilegiado, punido com pena de prisão de um a cinco anos.

O crime ocorreu no dia 05 de fevereiro de 2011, quando a vitima, o advogado Cláudio Rio Mendes, visitava a filha de três anos, conforme determinado no processo de regulação do poder paternal, no parque do Rio Novo, na Mamarrosa.

No local, também se encontrava o pai da sua ex-companheira que, após uma discussão, puxou de um revólver e disparou um tiro à queima-roupa contra o advogado.

Cláudio Rio Mendes ainda virou as costas e procurou fugir, mas o arguido seguiu-o, com a neta ao colo, e disparou mais cinco tiros, acabando a vítima por tombar inanimada próximo do seu veículo automóvel.

Após o crime, o suspeito entregou-se no posto local da GNR, levando consigo o revólver utilizado.

De acordo com o despacho de acusação, o homicídio de Cláudio Rio Mendes ocorreu num contexto de «aceso conflito», em torno do exercício das responsabilidades parentais da neta do arguido.

Segundo o MP, o suspeito já tinha o crime premeditado uma semana antes de alegadamente cometer o homicídio.

«O arguido decidiu, logo após a primeira visita do pai, levar para a segunda visita uma arma de fogo de defesa pessoal que desde logo projetou utilizar se as circunstâncias o permitissem para alvejar a vítima», pode ler-se na acusação.

Retirada daqui