terça-feira, 16 de novembro de 2010

A BRUMA DAS MEMÓRIAS CURTAS

Em 10 de Dezembro de 2009, foi deliberado para câmara municipal de Oliveira do Bairro a atribuir ao Oliveira do Bairro Sport Clube, mediante a celebração de um Protocolo, uma comparticipação financeira no montante de 15.000,00 € destinada a apoiar o clube durante a época desportiva 2009/2010; por se declararem impedidos, o vice-presidente da câmara e os vereadores Carlos Ferreira, Lília Águas e Henrique Tomás, não participaram na discussão nem na votação do presente assunto da ordem de trabalhos, tendo-se ausentado da sala durante o respectivo período de discussão e votação.

Já este ano, na reunião de 11 de Novembro de 2010, foi deliberado para câmara municipal de Oliveira do Bairro a atribuir ao Oliveira do Bairro Sport Clube, mediante a celebração de contrato programa de desenvolvimento desportivo, uma comparticipação financeira no montante de 15.000,00 € destinada a apoiar o clube durante a época desportiva 2010/2011; por se declararem impedidos, os vereadores Carlos Ferreira e Manuel Borras não participaram na discussão nem na votação do presente assunto da ordem de trabalhos, tendo-se ausentado da sala durante o respectivo período de discussão e votação.

As grandes diferenças existentes entre estas duas deliberações residem no facto de, este ano, o vice-presidente da câmara ter inflectido na sua posição quanto ao impedimento para participar na discussão e votação do assunto (apesar de manter a sua condição de sócio do clube desportivo interessado na deliberação, condição esta que em 2009 invocou para justificar o respectivo impedimento), e bem assim quanto ao facto de, este ano, a formalização da comparticipação revestir a forma de contrato programa de desenvolvimento desportivo e não de mero protocolo.


Por dever de memória, importa igualmente recordar que, por estarem em causa dinheiros públicos, sempre defendi que os apoios aos clubes desportivos são obrigatoriamente titulados sob a forma de contratos-programa de desenvolvimento desportivo, entendimento este que também sempre foi recusado por um executivo que agora inflectiu de posição.

Chegou pois, a hora de reconhecer que as dúvidas e reticências que sempre coloquei quanto a estas questões, não era de mera trica politica, antes tinham fundamento e essência agora reconhecido pelos outrora firmemente certos de que a lei e razão estava do seu lado.

Se é verdade que 'pela boca morre o peixe', não é menos verdade que 'mais vale tarde que nunca!'